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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Mercado da moda GG cresce 6% ao ano, aponta Abravest

Apesar da ampliação de confecções voltadas para o público plus size, ainda há ausência de roupas para praia, festa e lingerie

As confecções tamanho GG, isso é, vestuário acima da numeração 44, estão crescendo no Brasil. De acordo com dados da Abravest (Associação Brasileira do Vestuário), o mercado plus size cresce 6% ao ano. Só em 2011, o segmentou faturou R$ 5 bilhões. Esse percentual corresponde a cerca de 300 lojas físicas e aproximadamente 60 virtuais de roupas. Na grande maioria, as confecções estão apostando em cortes que sigam as tendências da moda e que atendam a um público mais jovem.

Apesar desse crescimento, ainda há uma carência no mercado de roupas plus size. Renata Poskus, idealizadora do FWPS (Fashion Weekend Plus Size) e consultora de moda, observa que a oferta de moda praia, roupas de festa e social e também lingerie ainda é baixa.

Loja virtual de roupas multimarcas Posthaus cresceu 296% no segmento no primeiro quadrimestre de 2012
Mercado emergente

O Ibope estudou a classe C e concluiu que 27% dela estão acima do peso. De acordo com a pesquisa “O Observador Brasil 2011″, realizada pela Cetelem BGN em parceria com a IPSOS–Public Affairs, esse extrato social está crescendo – em 2010 era de 53% e em 2011 atingiu 54% da população, o que pode explicar o crescimento no setor de moda feminina plus size.

A antropóloga e pesquisadora de Ph.D no departamento de Espanhol e Português da Universidade da Califórnia, Mi Medrado, observa que a classe C está em ascensão e que há espaço para crescimento do setor. “O mercado tem que se preparar para a ascensão crescente da classe C e D. Se este é o estilo de vida da massa, essas pessoas também querem estar na moda”.

Aposta do segmento

A loja virtual de roupas multimarcas Posthaus é também conhecida por fornecer confecções das marcas Quintess e Marguerite para tamanhos grandes a preços populares. No primeiro quadrimestre de 2012, a loja registrou um crescimento de 296% no segmento.

Consultora de moda plus size e estilista há oito anos no mesmo segmento, Derly Miranda afirma que hoje já existe uma grande diversificação de vestuário para as mulheres gordinhas, mas ainda há uma carência no mercado de novos modelos e estilos.

“A pessoa tem esse corpo, então ela tem que viver bem com ele e tem que ficar bonita e conseguir se vestir. Não posso admitir que só porque a pessoa tem um corpo maior, ela não possa participar de certos eventos porque não tem o que vestir”, conclui.

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