Para fundador da Oskley, faltam projetos
consistentes na Amazônia.
Ele deu dicas de como implantar iniciativas sustentáveis bem sucedidas.
Ele deu dicas de como implantar iniciativas sustentáveis bem sucedidas.
Oscar
Metsavaht, estilista e empresário
(Foto: Carlos Eduardo Matos/G1 AM) |
O Fórum Mundial de Sustentabilidade, realizado em Manaus, foi
encerrado neste sábado (24) com um discurso polêmico do empresário e estilista
Oscar Metsavaht. Ele fez duras críticas a projetos tidos como sustentáveis
aplicados na Amazônia, que não geram benefício algum ao meio ambiente e às
comunidades locais. Oscar também lamentou a ausência de iniciativas que tornem
a Amazônia uma marca positiva e de valor agregado no mercado.
"Infelizmente, ainda estamos nos tempos coloniais em que
havia troca de Pau-brasil por espelhinhos. Hoje, trocamos nossas commodities
por Ipad's", disse.
Fundador e presidente da marca Osklen, conhecida mundialmente pelo
uso de materiais sustentáveis em seus artigos-conceito, e também presidente da
Instituto-E, entidade especializada em gestão de ações ambientais sustentáveis,
Oscar explicou que, para um projeto ser bem sucedidos, é necessário que o mesmo
participe da cadeia que envolve o meio ambiente e as comunidades nativas, as
quais se sustentam do que a natureza dispõe.
"É preciso observar a cadeia, como ela funciona. Tem que
analisar os pontos vulneráveis e entrar com soluções. Os projetos precisam ser
de longo prazo, caso contrário, perdem consistência, dinheiro e tempo",
destacou o empresário.
Do Instituto-E, Oscar destacou alguns projetos como a captação sustentável de couro de peixes e frutas amazônicas, como pupunha, além de látex e algodão orgânico. O projeto mais recente é o que utiliza juta amazônica na produção de bolsas femininas, que beneficia 25 famílias no Pará.
Do Instituto-E, Oscar destacou alguns projetos como a captação sustentável de couro de peixes e frutas amazônicas, como pupunha, além de látex e algodão orgânico. O projeto mais recente é o que utiliza juta amazônica na produção de bolsas femininas, que beneficia 25 famílias no Pará.
"Nós já tivemos alguns projetos mal sucedido. Muita coisa não
rendeu, não deu certo. Mas a experiência nos deu capacidade para aprimorar
outros que estão dando certo", afirmou.
Durante o debate com ambientalistas, o empresário e estilista
gaúcho analisou que falta consistência na maioria dos projetos brasileiros
considerados sustentáveis, que ainda não agregaram valor internacional aos
produtos amazônicos de origem sustentável. Com isso, ele fez uma análise
sobre o mercado da moda, de modo geral. "O Brasil é cópia do modismo
americano e da alfaiataria italiana. Está na hora de termos nossa própria
identidade", salientou.
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